Objectiva 3
Um filme,
Um ponto da Cidade,
E uma opinião...
Friday, December 28, 2012
Wednesday, December 26, 2012
Friday, December 21, 2012
Friday, December 14, 2012
A tese da falta de jeito comunicacional do governo é um astuto argumento de recurso.
Tenho ouvido muita gente falar da
falta de jeito comunicacional das diversas personalidades políticas e públicas,
quando na realidade o que existe é um discurso pautado por ausência de
sensibilidade social, ou mesmo ausência de consciência social.
Ontem, na Quadratura do Círculo,
Lobo Xavier veio uma vez mais a terreno ornamentar o argumento de falta de
jeito comunicacional de Isabel Jonet, na qualidade de presidente do Banco
Alimentar contra a Fome.
Não querendo versar o argumento
de forma casuística, porque só releva uma mera desculpa individual e não atinge
o supremo objectivo desta tese aparentemente tão bem intencionada, esta tese
propaga a exclusividade de discursos estruturados apenas por empresas de natureza
comunicacional, focando o âmago do problema na linguagem do indivíduo e demite-o
da sua “inconsciência” social ou política.
Neste momento, a falta de jeito
comunicacional do governo é o álibi para cada gesto governamental que se
repercute na vida económica e social dos portugueses, cuja fundada explicação
se deve apenas ao modelo implacável em marcha de destruição do Estado Social.
Aliás, se o discurso governativo
não consegue convencer os portugueses é melhor os governantes rescindirem os
contratos com os seus consultores de comunicação que se movimentam em cada aparição
pública, agarrados ao telemóvel, vagueando por perto em modalidade sombra -
como um destes dias aconteceu com o ministro Miguel Relvas perante as câmaras
televisivas.
Na verdade a falta de jeito
comunicacional dá é muito jeito a essas empresas. Essa é que é essa!
Wednesday, December 12, 2012
Um País faz de conta!
FOTO RETIRADA DA INTERNET
Um País faz de conta
Uma maioria (PSD e CDS) que aprovou o Orçamento de Estado, no parlamento, a fazer de conta que é um bom orçamento para o País;
Um Ministro das Finanças que faz de conta que a recessão para o ano vai ser de 1%;
Um Ministro Adjunto que faz de conta que é licenciado;
Uma coligação no governo que faz de conta que se entende;
Um governo que faz de conta que não é subserviente aos desígnios alemães;
Um governo que faz de conta que as privatizações da TAP e da RTP vão ser um bom negócio para o país;
Um Ministro dos negócios estrangeiros que faz de conta que não se importa de ser o número três do governo;
Um Primeiro Ministro que faz de conta que quer um debate sobre a reforma do Estado;
Um Primeiro Ministro que faz de conta que não quer liquidar o Estado Social;
Só nos falta um destes dias: Fazer de conta que estamos em democracia!