Sunday, October 18, 2009

Um filme, uma lição de vida!



O filme “O Solista”, relembrou-me uma conversa havida com um amigo. Nesse frente a frente, sem câmaras, discutiu-se o papel das entidades públicas e das Instituições de Solidariedade Social em relação à dura realidade citadina das pessoas sem abrigo.
O lado contrário, argumentava o insucesso na regeneração daqueles homens e mulheres que por vicissitudes da vida entraram no "mundo dos sem abrigo”.
À época, nesse confronto de ideias, defendi que a visão da imposição da reinserção social desses indivíduos não deve ser considerada como estratégia absoluta. Pode não ser esse o caminho!
Essa opção de vida, por quem a trilha sempre com sofrimento, deve ser totalmente respeitada como qualquer outra. O meu interlocutor não se convenceu e esgrimiu alguns rudes golpes – sem ferimentos graves, é certo – atacando o meu idealismo e a ausência de uma solução global para o problema.
Na altura, não “baixei os braços” na minha tomada de posição. Mas confesso que a minha tenaz explicação não foi tão convincente como gostaria.
Ontem, depois de ver o filme “O Solista”, tive a plena convicção que fazer entender à Sociedade a assunção da liberdade de escolha dos sem abrigo, não é um processo simples – mesmo defendendo essa posição com total empenho!
Este filme, baseado numa vivência real (uma amizade entre um jornalista e um sem abrigo a viver nas ruas de Los Angeles), é a emocionante prova que esse processo tem muitos altos e baixos.
A estória vivida e excelentemente representada no filme, por Robert Downey Jr. e Jamie Foxx, revela um ensinamento essencial: vale sempre a pena acreditar que podemos comunicar com os outros, e se isso ajudar, tanto melhor!
Mas acima de tudo, temos de saber respeitar as livres escolhas dos outros!

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