Uma reflexão depois do filme “A turma”...

Este filme aponta uma realidade incontornável: a escola é um mundo de aprendizagem mútua entre professores e alunos.
Cada vez mais só nos preocupamos com a estatística das escolas, identificando aquelas que estão nos lugares cimeiros do “ranking das boas notas” e denunciando outras que se situam no final da lista. Tem sido este o único critério de aferição. E é especialmente em relação às escolas públicas que impediosos analistas fazem questão de assinalar o seu maior ou menor mas sempre grau de insucesso.
Este filme vem valorizar o papel da escola pública: os alunos devem aprender sobre o mundo em que vivem. Não basta para uma escola ser melhor que outra apenas ter a média das notas dos alunos matematicamente superior. É certo que o grau de aprendizagem representa um factor da qualidade do ensino. Mas não menos verdade é que a forma como se ensina e aprende assume outro factor determinante.
A escola pública é o garante que todos têm Direito à Educação.
Ensinar é muito mais que “despejar” matéria. E aprender, também, não é só adquirir conhecimentos: é partilhar pensamentos e vivências culturais diferentes. Na verdade só o ensino público garante uma aprendizagem fidedigna do mundo real. Nas escolas públicas os alunos representam a nossa sociedade e não apenas grupos estereotipados em função da capacidade financeira para pagar a escolaridade dos filhos.
É neste contexto que a escola pública merece toda a importância – e este filme presta-lhe uma justa homenagem.