Viajar no comboio Sud Expresso
Fotografia de Cristina Garcia
Uma viagem de comboio tem sempre como ponto de partida ou chegada a Estação.
A Estação de Santa Apolónia, recentemente recuperada, pauta-se por uma ambiência própria de um vai e vem de passageiros embora o seu frenesim não tenha o ritmo de outras épocas.
A chegada a Santa de Apolónia para apanhar o comboio Sud Expresso que faz a ligação Lisboa – Paris não deixa antever a aventura que se avizinha.
A entrada na carruagem é a primeira de muitas surpresas: o viajante é convidado a participar num puzzle que decifrado permite a descoberta do seu lugar. Na versão originária, há cerca de 30 anos, a distribuição dos lugares era identificada por pequenas chapas metálicas na parte superior dos assentos. Com o decurso do tempo a CP (Caminhos de Ferros Portugueses) adoptou a metodologia apelidada de “tapa buracos” na manutenção das carruagens pelo que foi substituindo algumas placas moribundas e descurando outros tantos assentos. Perante tal realidade incumbe ao passageiro sentado colaborar com o recém-chegado de forma a permitir uma recepção calorosa ao seu companheiro de viagem nas 7 horas (até Salamanca) seguintes.
A Estação de Santa Apolónia, recentemente recuperada, pauta-se por uma ambiência própria de um vai e vem de passageiros embora o seu frenesim não tenha o ritmo de outras épocas.
A chegada a Santa de Apolónia para apanhar o comboio Sud Expresso que faz a ligação Lisboa – Paris não deixa antever a aventura que se avizinha.
A entrada na carruagem é a primeira de muitas surpresas: o viajante é convidado a participar num puzzle que decifrado permite a descoberta do seu lugar. Na versão originária, há cerca de 30 anos, a distribuição dos lugares era identificada por pequenas chapas metálicas na parte superior dos assentos. Com o decurso do tempo a CP (Caminhos de Ferros Portugueses) adoptou a metodologia apelidada de “tapa buracos” na manutenção das carruagens pelo que foi substituindo algumas placas moribundas e descurando outros tantos assentos. Perante tal realidade incumbe ao passageiro sentado colaborar com o recém-chegado de forma a permitir uma recepção calorosa ao seu companheiro de viagem nas 7 horas (até Salamanca) seguintes.
Outro desalinho encontrado no interior das carruagens é a dificuldade extrema na abertura de algumas janelas que exige um esforço físico desadequado a pessoas com forças mais debilitadas.
Chegados a meio da viagem deparamos com outra surpresa: A ida a casa de banho. Este pequeno cubículo é demonstrativo da descuidada gestão feita pela CP quanto à garantia de conforto ao passageiro – o sabonete líquido é virtual e a flagrante ausência de reposição dos toalhetes agrava a falta de condições de higiene.
Não querendo desmotivar os leitores deste post que tiverem por mente viajar no Sud Expresso nos tempos mais próximos, sinto-me, apesar disso impelida a fazer este aviso: Façam-se acompanhar de um bom e fausto farnel – uma viagem desconfortável e de barriga vazia não se deseja a ninguém e a alternativa lógica de jantar no restaurante a bordo peca por ser demasiado cara.
Na verdade, esta panóplia de inconvenientes podiam não fazer parte do meu diário de viagem se a CP cuidasse mais diligentemente da qualidade do serviço prestado ao cliente do Sud Expresso.
Pergunto: Será que esta inércia na adopção de medidas pela CP quanto ao melhoramento do serviço a prestar, que acarreta custos é certo, se deve ao simples facto de vir aí o TGV?
Se for o caso, então, é mesmo grave, pois temos garantidos mais uns bons anos a viajar nestas lamentáveis condições!
1 Comments:
http://webrails.tv/arquivoVideo/linhaNorte/SUD/apoloniaSudExpresso.htm
Post a Comment
Subscribe to Post Comments [Atom]
<< Home