CARTA ABERTA DESTA CIDADÃ AO MINISTRO ADJUNTO MIGUEL RELVAS SOBRE A RTP
Nasci
no ano 1965, em Lisboa, já levava a RTP1 nove anos de emissões e faltavam 3
anos para a criação da RTP2. Uma televisão criada num Estado não democrático.
Com o 25 de Abril de 1974, passamos a viver em Liberdade e em 1975 foi criada a
empresa Radiotelevisão Portuguesa Pública (RTP).
A
democracia começou a fazer parte do nosso quotidiano e a televisão pública era
um sinal dos novos tempos.
Senhor
Ministro:
Hoje,
todos os portugueses sabem o que é Radiotelevisão Portuguesa Pública (RTP): um
património cultural e histórico, que atravessou gerações, desde os Bairros das
cidades do litoral, passando por muitos dos cafés das terras do interior deste
país, até ao casario mais isolado algures na serra transmontana ou numa
planície alentejana.
Muitos
dos programas da RTP1 e RTP2 fazem parte da nossa memória coletiva. É o caso do
TV Rural, com perto de 30 anos de emissões, protagonizado pelo Eng. Sousa
Veloso, que fechava cada programa com a popular frase: despeço-me com amizade
até uma próxima oportunidade. O serviço público de televisão é um legado
histórico que deve ser salvaguardado.
O
serviço público de televisão garante a diversidade cultural, programas em
língua portuguesa, o pluralismo de ideias, igualdade no acesso à informação, o
que faz dele um insaciável domínio para exercício do poder – essa é a verdade
proibida!
Os
portugueses pagam a taxa de serviço público de televisão, na sua conta de
electricidade, para assegurar que esse património não passa para as mãos de
outros poderes, contribuindo para garantir a sua sustentabilidade. Se houve
gestão incauta, essa responsabilidade deve ser assumida pelo poder político,
que sempre nomeou os seus gestores.
O
património da Rádio Televisão Portuguesa é de todos nós!
Senhor
Ministro:
Dê
a cara e saiba enfrentar os portugueses que querem um serviço público de
televisão.
2 Comments:
Bravo amiga!!!! CV
parabens pela carta aberta, faço minhas as tuas lembranças/palvras e espero que tudo se resolva com o devido respeito pela opinião dos portugueses que como nós defendem o serviço publico de televisão.
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