Postais antigos de Lisboa por objectiva3 (III)

Fotografia de Cristina Garcia

Meu prezado amigo

Depois destes primeiros dias em Lisboa, cada vez mais gosto da pensão onde estou hospedada.Sinto-me em família.

Tenho ajudado a Dona Alzira a gerir a pensão, pois a Senhora ainda está em convalescença.

Decidimos aumentar o número de camas por quarto. Se o Ministro da  Solidariedade e da Segurança Social teve essa ideia para os lares, num quarto onde cabem dois idosos acrescenta-se mais um, podemos sempre aproveitar esse espírito solidário das camas.

A sugestão partiu de um  hóspede da pensão, o Senhor Manuel de Controlo do Déficit, que lê jornais diariamente. Disse-me, também, que este mecanismo da mutiplicação das camas é uma actual estratégia chamada “custe o que custar”.

A Dona Alzira aceitou logo esta sugestão. No entanto, comprometeu-se com os idosos da pensão que a partir de 2015 ou 2018 (não me lembro bem…) será reposto o número inicial de camas por quarto.

Fomos apreciar o preço das novas camas, e chegamos à conclusão que a cama boliche fica muito mais em conta.

Como há 3 idosos a viver na pensão (duas camas individuais por quarto),além da poupança no investimento acresce a componente do crescimento económico, podendo albergar mais idosos noutro quarto, ou seja quatro idosos por quarto.

Os idosos que dormirem na parte de cima da cama boliche, têm desconto, mas também aproveitam para fazer ginástica às artroses todos os dias.

Diz-se, por aqui, que é uma técnica de marketing  de “dois em um”, poupam no preço do quarto e nas despesas com a fisioterapia.

Volto a escrever brevemente.

Um saudoso abraço

Cristina Garcia