Como Facebook ajuda a fabricar “pobres de espírito”!

Os artigos de opinião devem levar-nos a uma reflexão, quando a abordagem da temática é notoriamente estruturada. No caso concreto, o artigo foi publicado, hoje, no jornal “The New York Times”.

O tema é actual e interessante: muitos caloiros americanos estão a usar uma nova aplicação do FaceBook, para escolherem os seus colegas de quarto nas residências universitárias, cujos critérios de selecção radicam nos hábitos em comum, pensamentos e estilos de vida idênticos.

Certamente, quando estes jovens americanos terminarem a sua vida universitária, ficarão mais pobres de experiências inesquecíveis e órfãos de uma aprendizagem de valores baseada na diferença.

Assim, hoje, a relação entre colegas de quarto passa a ser não mais do que uma “ligação com o seu próprio espelho”.

Este novo formato da vida académica deixa-me apreensiva. Se é verdade que cada indivíduo é fruto da diversidade das suas experiências, mais essencial é partilhar emoções com pessoas diferentes.O respeito pela diversidade de culturas fica reforçado quando vivemos em comum essas diferenças.

O convívio diário com pessoas que tenham outras ideias políticas e hábitos desiguais só enriquece o nosso espírito! O problema é que os "pobres de espírito" não podem pagar para ficar ricos!