Friday, September 25, 2009

Afinal, o que espera o cidadão do jornalista?

Ontem estava agarrada ao televisor a acompanhar o programa Quadratura do círculo, quando tive a oportunidade de assistir a um confronto aceso sobre a ética editorial dos nossos jornais diários de maior tiragem, o DN e O Público. Foi então que surgiu a ideia para este post, questionando-me sobre o que espero eu do comportamento profissional de um jornalista?
Como leitora diária de jornais, sei o que exijo. Em primeiro lugar, uma escrita em bom português, com uma linguagem apelativa, não fazendo do acto de leitura um sacrilégio matinal. E nesta matéria, meus caros, não são poucas as vezes que alguns editores se “deixam dormir” no seu posto de trabalho, pois há textos que denotam uma audaz preocupação no fabrico de “títulos apetitosos”, mas o que se serve em seguida, como “refeição” noticiosa, não passa de um prato comum a tudo que é ementa jornalística do dia, quer isto dizer, o jornalista da redacção copia o texto ipsis verbis do “take” da Agência Lusa e faz a notícia.
Se a escrita é um “piscar de olhos” ao leitor, a seriedade na abordagem da notícia é o estreitar de uma relação de confiança, cuja durabilidade pode levar uma vida inteira. Cada leitor mantém uma ligação de credibilidade com a sua fonte jornalística e sentir-se-á defraudado se essa mesma conexão falhar, por razões óbvias alheias ao dever e ao direito de informar. Tal acontece em plano cimeiro com o jornal que se lê diariamente, e num plano mais particular com o autor da peça jornalística.
No meu caso leio os meus articulistas preferidos todos os dias, exigindo que aquilo que leio seja o resultado de um trabalho de busca idónea da notícia, não obstante a manifestação de uma visão subjectiva sobre os factos, se o autor assim o entender.
É isso que espero de um jornalista: seriedade e assunção da sua opinião sem rodeios e sem equívocos, quer na fonte quer na escrita!
E todos nós devíamos exigi-lo!

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