Monday, December 29, 2008

O filme "Australia"!



A crítica que li acerca deste filme impunha pouca expectativa. Nunca fui dada a escolher os filmes pela opinião dos nossos críticos de cinema, aliás, interrogo-me se alguns gostam verdadeiramente de cinema. Gostar de cinema é encontrar o que há de bom e mau numa película cinematográfica. Quase sempre há um lado bom- a não ser aos olhos desses impediosos críticos que conseguem em parcas linhas destronar um trabalho que pode não ser brilhante mas merece respeito.
O filme “Australia” assume-se como um épico, embora sem grande triunfo, dizem os críticos. A minha visão do filme não é a mesma desses senhores.

A história contada neste filme suporta-se em duas componentes: o valor da dignidade humana independentemente da cor da pele e uma paixão irresistível entre duas pessoas oriundas de mundos diferentes.
Esta primeira componente é exaltada ao longo de todo o filme, com cenas emocionantes. É exemplo a cena em que um dos protagonistas (Drover) obriga um empregado branco a servir uma bebida ao seu amigo preto. Há imagens de intensidade fortíssima que não deixa a plateia indiferente. E bom cinema é isso mesmo: deixar-nos emocionar pelos personagens e sentirmos que estamos a ser “levados” pelas imagens. Este filme tem esse mérito pelo menos.
A segunda componente – tenho que confessar que sou suspeita porque não resisto ao charme de Hugh Jackman – converte-se numa sofrida história de amor vivida pelos actores Nicole Kidman e Hugh Jackman.
A representação de ambos os actores é irrepreensível, mas concordo que a narrativa arrebatadora daquela relação amorosa sofre algumas quebras abruptas recuperada apenas na parte final do filme – o que na opinião dos críticos parece ser um desacerto menos perdoável do realizador. Uma história ao estilo de “E tudo o vento levou”. Se foi esse o risco assumido por Baz Luhrmann (o realizador), então, foi certamente ganho pois sentiu-se emoção na plateia!
Eu comovi-me!

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