Wednesday, August 03, 2005

Até sempre !

Dia de regresso ao trabalho depois de uma semana e meia de férias. O local do veraneio foi noticiado neste blogue: Nova Iorque.
O retorno à rotina foi simpaticamente aliviado com o tradicional “almoço do mulherio”, um núcleo feminino convicto com marcação semanal. O nosso encontro, desta vez, teve como tema as minhas inquietações sobre Nova Iorque e algumas das tropelias vividas.
Tudo parecia no bom caminho, quando já no meu local de trabalho recebo a notícia que o Jornal “A Capital” tinha deixado de ser editado.
O desalento foi enorme. Telefonei logo à AS para partilhar a minha tristeza (acho mesmo que já me habituei a dividir só com ela estas mudanças repentinas da nossa sociedade de informação. Melhor dizendo, será das poucas ouvintes que resiste atentamente quando salto da retórica para o muro das lamentações).
Neste caso não é para menos! O único jornal em distribuição, após outros que já ficaram pelo caminho, que tinha como referência principal a cidade de Lisboa fechou agora as suas portas. Não pretendo aqui discutir os rumos editoriais assumidos ao longo dos tempos, aliás nem me sinto avalizada para tal, apenas me entristece uma cidade como Lisboa que se quer europeia e cosmopolita não encontrar no meio editorial recepção para este tipo de publicação diária. Deixa-me profundamente inquieta saber que actualmente só o Jornal “Público” tem uma secção permanente de local (Lisboa), embora com uma concorrência prestigiada, até hoje, do Jornal de Notícias ou até mesmo do Correio da Manhã, e uma cada vez mais enfraquecida concorrência do Diário de Notícias em temas de interesse local.
Enfim, temos o nível de informação à medida da pouca exigência informativa a que sucumbimos…
A minha solidariedade para todos os profissionais da informação que fizeram “A Capital”, muito em especial para a Marta Moreira e a Ana Oliveira: Bem hajam!
E muito boa sorte!

2 Comments:

At 4:43 PM , Anonymous Anonymous said...

Felizmente alguém com memória e atenta! Parece que já se tornou um hábito as coisas boas desaparecerem assim, de repente, das nossas vidas! Agora do que precisamos todos é de boas notícias, porque as más já estão a tornar-se rotineiras e quase que já não nos espantam, por isso devem deixar de ser notícia. Abram alas para as boas notícias, deixem-nas passar. CV

 
At 12:37 AM , Anonymous Anonymous said...

Depois deste gesto, embora um simples obrigada possa parecer pouco nele quero reflectir todo o agradecimento e carinho que nasceu e cresceu ao longo dos últimos anos. Obrigada mais uma vez

 

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home